Dor ao final do dia, durante a noite e que atrapalha seu sono pois não consegue se deitar sobre o ombro? Conheça hoje a síndrome do impacto do ombro, ou também conhecida como síndrome subacromial, que é uma das principais causas de dores na região do ombro.
Vamos entender melhor?
Essa doença é causada pela compressão prolongada de estruturas do ombro, principalmente do tendão supraespinhal, do tendão do bíceps, da bursa subacromial ou da articulação acromioclavicular. A compressão e o atrito geram inflamação e lesões dessas estruturas, causando até rompimentos dos tendões. Perceba na imagem abaixo como o espaço subacromial, ou seja, abaixo do acrômio, é apertado!
Entenda essas estruturas abaixo:
A articulação do ombro é uma das articulações que mais proporcionam mobilidade no nosso corpo, ou seja, conseguimos realizar muitos movimentos com o braço, o que movimenta toda a articulação apresentada no ombro.
Se os movimentos realizados são repetitivos, geram compressão de alguma das estruturas do ombro ou então causam atrito mecânico que podem levar à síndrome do impacto. Isso pois as estruturas, como tendões e ligamentos, podem sofrer choque ou pinçamento pelo acrômio, que é uma proeminência óssea da escápula.
O processo inflamatório consequente gera bursites e tendinites, causando a dor sentida e relatada pelos pacientes.
Causas da síndrome do impacto do ombro
Existem várias situações que podem contribuir para o surgimento da síndrome do impacto. Uma das mais comuns é o uso excessivo e constante da articulação do ombro, principalmente se os movimentos são realizados com o braço acima da cabeça ou com algum tipo de vibração. Essa é a realidade de trabalhadores como pintores e de alguns esportistas.
Ademais, a anatomia do acrômio, que pode conter algumas modificações, assim como a artrose, são variáveis que podem facilitar o desenvolvimento da síndrome. A degeneração do manguito rotador pode causar uma sobrecarga das outras estruturas do ombro, também sendo um ponto facilitador. E claro, traumas e acidentes com impacto direto na estrutura também podem ser o motivo da doença aparecer.
Sintomas da síndrome do impacto do ombro
No geral, a queixa mais apresentada pelos pacientes é a dor localizada no ombro. Essa dor se intensifica após atividades, principalmente se requerem o braço levantado, no fim do dia, e durante a noite.
Um dos maiores incômodos a noite é que os pacientes acometidos não conseguem se apoiar sobre o ombro afetado pela dor, e muitas vezes dormem com o braço pendido para fora da cama na tentativa de obter algum alívio.
Outros sintomas que podem estar presentes são a limitação do movimento e a rigidez na articulação, e fraqueza muscular. O ponto principal é a piora do quadro clínico com a realização de movimentos com o braço acima da cabeça.
Diagnóstico da síndrome do impacto
O diagnóstico deve ser feito por um médico ortopedista especializado que, inicialmente, vai questionar o paciente sobre informações da dor, quando ela piora e como pode ser caracterizada. Também serão buscadas informações sobre a vida do paciente, como trabalho e esportes, para avaliar as possíveis causas.
Nessa parte da anamnese, é importante que o paciente responda as perguntas de forma sincera, já que tais informações são cruciais na formulação do diagnóstico, e podem indicar ao médico formas de minimizar a dor localizada.
O médico, no exame físico, pode realizar testes de posicionamento do braço, verificando o grau de dor apresentado pelo paciente e a limitação do movimento presente, e até mesmo pedir que o paciente realize determinados movimentos.
O uso de exames de imagem como as radiografias, ultrassonografias e tomografias também é muito importante, pois ajuda a definir o formato do acrômio e permite orientar as condutas para o tratamento da síndrome.
Tratamento da síndrome do impacto
A depender do resultado dos exames de imagem, geralmente o tratamento inicial é de forma conservadora, com aplicação de gelo local e prescrição de anti-inflamatórios e analgésicos.
A parte mais importante do tratamento provavelmente é o repouso das atividades que provoquem um esforço grande da região do ombro, como os movimentos acima da cabeça. Nesse sentido, a fisioterapia pode auxiliar na melhora do quadro, além de possibilitar que o paciente realize movimentos para não atrofiar a musculatura sem forçar demasiadamente as estruturas afetadas.
Caso o tratamento conservador não demostre melhorias após algum tempo, ou a situação da doença do paciente já seja mais grave, a cirurgia é uma opção de tratamento. Mas é preciso analisar cuidadosamente as indicações de tratamento cirúrgico, tarefa realizada pelo médico ortopedista.
Importante:
O conteúdo deste artigo não substitui uma consulta médica. Caso apresente os sintomas entre em contato com um médico para um diagnóstico e tratamento que considerem seu sexo, idade, ocupação, presença de outras doenças, entre outras características. Para mais informações, agende sua consulta!